Das artistas Jéssica Camejo e Angela Longo.
Não se trata de estacionar no período que foi denominado Surrealismo, é a ressonância desse movimento, unido a outros elementos contemporâneos, que acaba fundindo uma nova visão. O foco principal é o imaginário. A junção de elementos díspares da realidade, para criar uma reinvenção de sentido, onde o onírico anda lado a lado com o simbolismo. Os temas mais abordados são a morte, o instinto sexual, o corpo, a angústia do tempo/espaço e o hibridismo.
Temas profundos da alma humana, interpretados á partir do desenho, que hora pretende chegar até os limites da pintura, e pinturas propriamente ditas.
É assim, que Jéssica Camejo e Angela Longo, vêm mostrar a sua produção recente com esse foco de trabalho. O intuito é mostrar ao expectador o imaginário “desnudo”, com a representação visual dos sentimentos que nos atraem e repelem. Dar forma aos enigmas. Eles são as “entidades-bonecos”.
O trabalho de Jéssica pode ser definido como impactante e visceral, aborda a relação com o corpo e com o que há de mais grotesco no íntimo da mente, seria uma interação do corpo-mente. Ela busca constantemente mostrar em seus trabalhos o paradoxo do plano físico e mental, com certa dose de ironia.
Em Angela, temos o hibridismo, os seres fantásticos e a busca constante pela representação da arte do imaginário. Em certos momentos, um simbolismo latente figura em seu trabalho, em meio as suas ‘’entidades-bonecos’’ e o mundo que eles habitam.
A confluência que liga os trabalhos dessas duas artistas está exatamente em “construir” essas entidades, cada um com sua linguagem, mas sempre fiéis, a uma arte visionária, surreal e contemporânea.
A exposição Surrealismo Contemporâneo: a ótica do desenho à pintura vem para mostrar o que essas duas estudantes de Artes Visuais tem produzido e como somos nós que interpretamos o que vemos, tudo se torna possível.
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